segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Chuva Temporã

                           fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVfO2m3nDnRn67Lc77u9N-L4kictYLhzQ4yaXyBFa8v3Byi0geZKKmeg0aNO7YhdUhntB_OqOUXZ772BRxelTOw703W5UV-AVvFkFg-EsQimUf9hV4ERgpOhyphenhyphenUwbTaUApiyJiXM87XLQ/s1600/gotas-de-chuva2.jpg

O vento assobia
Entre as folhas do ipê.
A chuva rega os brotos
Que no raiar vão se acender.
Flores roxas e amarelas
Vão enfeitar a paisagem.
Só para manhã te receber
Com singeleza e felicidade.

Chuva temporã -
Paulo Cesar Junior - Literatura de cordel.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ensaio sobre novos modos


A rua está repleta
Todos estão felizes
Agora que as barreiras
Foram desfeitas

A vida é feita de escolhas
Esta é a chance
Então pare de ver por alguns momentos essa droga de TV.

A imensidão nos esperou
Todo esse tempo
Pra vivermos
À nossa maneira

A vida é feita de escolhas
E esta cidade cinza
Já faz parte do passado
Eu quero os dias de sol.

Por: Paulo César Junior

À beira do lago negro

                                                 fonte: http://ultradownloads.uol.com.br/papel-de-parede/Corvo--170539/

Às vezes ficamos cheios de tudo,
Os fantasmas regressam e...
Desejamos estar só e em paz.
As lembranças insistem em reaparecer
No maior megapixel possível.

Minha inconstância revela-se na superficialidade
Das águas escuras do lago.
Vida vazia de tudo e a mente cheia de planos
Alguém Frio de coração e contido nas palavras.

E a partir deste momento tenho a incapacidade
De excluir todas as suas expectativas
Ignoro os olhares, os sorrisos e os gestos insinuantes...
O medo me faz companhia durante a insônia
Ou nos pesadelos das noites mal dormidas.

Sou marginal, cabreiro e desconfiado...
Se bobear o desejo sangra.
Isto é todo o meu sonho construído e agora que me tornei invisível.
Não quero perder esse dom.

Minha insanidade e desespero nem chega aos pés
Daqueles que pernoitam pelas vielas e becos infectos
Violentados pela rejeição e pelo desprezo das falsas propostas.
Assolados pelos calafrios oriundos das gargalhadas dos velhos demônios

Essa noite será uma das mais aterradoras
Ainda bem que às vezes meu velho amigo
Pássaro negro vem me visitar.

Por: Paulo César Junior.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Paisagem Urbana



Paisagem urbana
Veloz, cinética
Contra toda inércia
Absoluta e relativa

A luz irá fluorescer
Em plantas de concreto armado
Enxertadas nas praças
Refletindo rostos foscos
Propagando a imagem óptica
De vultos transformados

Paisagem urbana
Palco de tramas
Dramas subversivos
Dilemas reais

Espinhos e pétalas metálicas
Sangram e roubam ricos corações
Tornando-os vazios...

Paisagem urbana
Refez todo o passado
Reduzido em migalhas
Por um destino mesquinho
E desvairado

E a luz fluoresceu absoluta
Ofuscando os espinhos que sufocam
Refletindo rostos foscos
Propagando a imagem óptica

De vultos transformados