quarta-feira, 12 de outubro de 2011

À beira do lago negro

                                                 fonte: http://ultradownloads.uol.com.br/papel-de-parede/Corvo--170539/

Às vezes ficamos cheios de tudo,
Os fantasmas regressam e...
Desejamos estar só e em paz.
As lembranças insistem em reaparecer
No maior megapixel possível.

Minha inconstância revela-se na superficialidade
Das águas escuras do lago.
Vida vazia de tudo e a mente cheia de planos
Alguém Frio de coração e contido nas palavras.

E a partir deste momento tenho a incapacidade
De excluir todas as suas expectativas
Ignoro os olhares, os sorrisos e os gestos insinuantes...
O medo me faz companhia durante a insônia
Ou nos pesadelos das noites mal dormidas.

Sou marginal, cabreiro e desconfiado...
Se bobear o desejo sangra.
Isto é todo o meu sonho construído e agora que me tornei invisível.
Não quero perder esse dom.

Minha insanidade e desespero nem chega aos pés
Daqueles que pernoitam pelas vielas e becos infectos
Violentados pela rejeição e pelo desprezo das falsas propostas.
Assolados pelos calafrios oriundos das gargalhadas dos velhos demônios

Essa noite será uma das mais aterradoras
Ainda bem que às vezes meu velho amigo
Pássaro negro vem me visitar.

Por: Paulo César Junior.

Nenhum comentário: